Campanha contra o desaparecimento de crianças e adolescentes no país
Entidades nacionais que lidam com o desaparecimento de crianças e adolescentes informam que acontecem aproximadamente 40 mil desaparecimentos por ano
A Assembleia Legislativa do Rio de janeiro vai apoiar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Federal sobre Desaparecimento de Crianças e Adolescentes no Brasil.
A Relatora da CPI, deputada federal Andreia Zito (PSDB), destacou que é ínfima a aplicação de recursos federais em projetos que buscam diminuir o número de crianças e adolescentes desaparecidos. Segundo ela, com base em dados do Sistema de Administração Financeira do governo federal (Siafi), dos R$ 40 milhões destinados ao Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, só 0,28% foi efetivamente executado.
Entidades nacionais que lidam com o assunto informam que acontecem aproximadamente 40 mil desaparecimentos por ano. O Rio de Janeiro, ao contrário de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal, não possui delegacia especializada para fazer investigações específicas sobre desaparecimento de crianças e adolescentes.
Fuga – No Espírito Santo, todo mês, o Núcleo de Pessoas Desaparecidas (Nupede), da Polícia Civil, registra, no mínimo, três casos de adolescentes que fogem de casa com o namorado ou namorada.
Segundo a delegada Neuza Glória dos Santos, a fuga é resultado da falta de estrutura familiar e atinge tanto a classe média quanto as menos favorecidas. Ela diz que o mais comum são jovens com idade entre doze e 17 anos fugir por alguns dias e depois retornam. Para a psicóloga e psicoterapeuta Blenda Oliveira, diretora da Casa Movimento de São Paulo, o castigo não é adequado, a prevenção com a conversa é sempre melhor.
[O Dia (RJ); A Gazeta (ES); Jornal da Tarde (SP) – 20/10/2009]