Em março de 1981, dois garotos, ainda estudantes do Colégio da Imaculada Conceição, no Rio de Janeiro, o show do Queen, no estádio do Morumbi – São Paulo. Sete meses depois, o desejo que surgiu depois daquele show: o de ter uma banda de rock, tinha nome, baterista e tecladista. Era o Barão Vermelho.
O nome, escolhido por Guto Goffi e Maurício Barros _ aqueles garotos lá do início _ veio de um dos apelidos do aviador alemão Manfred von Richthofen, na Primeira Guerra Mundial. Alguns dias depois, entrava pra banda o baixista André Palmeira Cunha, o Dé, e o guitarrista, Roberto Frejat.
Com idades entre 16 e 19 anos e ainda sem vocalista, o Barão ensaiava na casa dos pais de Maurício, no Rio Comprido. Foi através de uma amiga que Guto entrou em contato com Léo Jaime e o chamou pra conhecer a banda, mas Léo não tinha a voz que o Barão precisava e indicou Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza para a banda.
O Barão Vermelho estava completo.
A partir daí, o Barão deixa de tocar só covers e começa a ter canções próprias, assinadas em sua maioria, pela dupla Cazuza-Frejat, faz pequenos shows e grava uma fita demo que vai parar nas mãos de Ezequiel Neves, diretor artístico da gravadora Som Livre, onde o 
pai de Cazuza, João Araújo era presidente.
Ezequiel _ que produziu todos os discos do Barão e do Cazuza em sua carreira-solo _ convence João Araújo a gravar a banda e e em apenas dois dias, o primeiro álbum: “Barão Vermelho“ fica pronto. Lançado em 82, o disco vendeu 7 mil cópias e traz canções como “Bilhetinho Azul”, “Ponto Fraco”, “Down Em Mim” e “Todo Amor Que Houver Nessa Vida”.
O Barão volta ao estúdio e grava “Barão Vermelho 2”, lançado em 1983 e que vendeu 15 mil cópias. A música “Pro Dia Nascer Feliz”, desse LP, é gravada por Ney Matogrosso e o Barão Vermelho cai no gosto da mídia e do público.
Convidada para escrever e gravar o tema do filme “Bete Balanço”, a banda tem na canção homônima, um de seus maiores sucessos. O filme vira um sucesso de bilheteria e o terceiro LP, “Maior Abandonado”, é lançado em outubro de 1984 e conquista o Disco de Ouro, com canções como “Maior Abandonado” e “Por Que a Gente é Assim?”.
1985 se torna um ano marcante para o Barão Vermelho. Em 15 e 20 de janeiro, a banda se apresenta na primeira edição do Rock in Rio. A apresentação da banda dia 15 coincidiu com a eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República, marcando o fim em definitivo da Ditadura Militar. Cazuza anuncia a eleição de Tancredo no palco e canta “Pro Dia Nascer Feliz”.
É também em 1985, seis meses depois, que Cazuza deixa a banda para seguir carreira-solo. O grupo, que já estava em estúdio lança seu quarto LP, “Declare Guerra”, com Frejat assumindo os vocais e encerra seu contrato com a Som Livre.
No ano seguinte, já na Warner Music Brasil, o Barão Vermelho lança seu quinto LP “Rock’n Geral”, que contava com a participação mais ativa dos outros membros nas composições. É 1987 e Maurício resolve sair da banda. A formação agora também conta com o guitarrista Fernando Magalhães e o percussionista Peninha.
O Barão Vermelho continuou gravando e lançou 12 álbuns. Em 2001, após se apresentarem no Rock in Rio, a banda resolve parar por um tempo para que os integrantes se dediquem aos seus projetos solo. Três anos depois, lançam um novo álbum, “Barão Vermelho”, com sucessos como “Cuidado” e “A Chave da Porta da Frente”. Em 12 de janeiro de 2007, a banda faz seu último show no Rio de Janeiro e faz mais uma parada, ainda sem previsão de retorno.
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1987.
24 anos desde a última vez que a formação original do Barão Vermelho entrou em estúdio para gravar uma canção.
Pensando nisso Guto Goffi convidou os amigos Frejat, Dé e Maurício Barros para gravarem a música “Olho no Olho”, para o primeiro trabalho solo de Guto, o cd “Alimentar” (Selo Independente Cabeça de Lâmpada).
A canção foi escrita a cinco mãos: Guto, Frejat, Dé, Maurício e Maria Hernandez e foi gravada e mixada no estúdio Du Brou, que pertence a Frejat, nesse ano de 2011.
“Olho no Olho” é um tratado de paz entre amigos que se conhecem há mais de 30 anos. “A vontade de sonhar / Voltar a ser só um menino”.
O clipe tem direção de Pedro Paulo Carneiro e Roberto Lamounier e já está rolando aqui
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Acabou?
Nada disso!
Vocês terão muito em breve uma entrevista exclusiva com Guto Goffi sobre a carreira, Barão, o cd “Alimentar”, reencontros, livro, Maracatu Brasil, Os Britos e muito mais.
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